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Caderno de Conflitos da CPT será lançado amanhã (8) no Campus Senhor do Bonfim

publicado: 07/06/2018 17h10 última modificação: 07/06/2018 17h12
Mônica Santos

Promover debates e reflexões críticas que evidenciem e denunciem a violência e os conflitos no campo, a partir de um mapeamento geral que traz dados sobre segregação, desapropriação de terras, desterritorialização e problemas socioambientais. Este é o objetivo do Seminário de Lançamento do Caderno de Conflitos da Comissão Pastoral da Terra (CPT). O evento é organizado pela CPT da região Centro-Norte em parceria com o Colegiado de Geografia da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Campus Senhor do Bonfim. O seminário é aberto a toda a comunidade e acontecerá amanhã (8), às 19h, no auditório da Univasf, em Senhor do Bonfim (BA). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia do evento.

Para se inscrever é preciso preencher o formulário online através do Sistema de Gestão de Eventos (SGE). Na programação do seminário, membros de comunidades rurais da região vão falar sobre a realidade do campo e de alguns conflitos e um representante da CPT vai apresentar os dados gerais. O caderno de conflitos é lançado no Brasil pela CPT nacional desde 1985 e tem reconhecimento internacional. No lançamento, ele será comercializado por R$25,00 e depois passa para R$35,00. Após um tempo, a CPT disponibiliza o caderno gratuito na internet.

Essa é a segunda vez que o evento acontece na Univasf, mas, de acordo com o professor do Colegiado de Geografia e organizador do evento, Átila Lima, este ano o seminário será ainda mais representativo, porque houve um aumento no número de assassinatos no campo na região. Além disso, de acordo com o professor, o curso de Geografia tem como uma das pautas o debate sobre as questões agrárias, que também são tema de uma disciplina obrigatória do curso.

“Sentimos a necessidade de refletir, debater e denunciar os conflitos no campo. Isso cria uma agenda de pesquisas, reflexões e de militância para a região. E nesse contexto é fundamental o papel da Universidade de pensar a contradição e tentar contribuir com os expropriados no campo que vêm sofrendo ataques das mineradoras, da expansão dos parques eólicos, da grilagem, da manutenção da estrutura da grande propriedade fundiária, ataques do agrohidronegócio”, afirma Lima.