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Centro de Informação sobre Medicamentos da Univasf realiza oficina sobre contracepção para mulheres surdas

publicado: 09/08/2019 14h12 última modificação: 09/08/2019 14h12
Beatriz Granja

O Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) realizou na tarde de ontem (8), a Oficina em Libras sobre Métodos Contraceptivos. O evento teve o objetivo de orientar as mulheres surdas sobre procedimentos para evitar a gravidez. A oficina aconteceu no auditório do Hospital Dom Malan, em Petrolina.

Durante a oficina, as participantes receberam informações na Língua Brasileira de Sinais (Libras) sobre os procedimentos e dispositivos para evitar a gestação, além de discutir sobre as dificuldades dos surdos no atendimento em saúde e alternativas para que o acesso à informação esteja adaptado para todos. Ministrada por estudantes dos cursos de Farmácia, Medicina e Psicologia da Univasf, a oficina contou com a presença de quatro mulheres surdas e duas ouvintes.

A coordenadora do CIM, professora do Colegiado de Farmácia Deuzilane Muniz Nunes, explica que as palestras apresentadas de modo tradicional prejudicam na interação e no entendimento do público surdo. “No formato padrão, quem tem uma intepretação, não garante que o surdo esteja entendendo. Em Libras, ele fica mais a vontade e acaba interagindo com mais frequência”, relata a professora.

Deuzilane Muniz Nunes ressalta que a escolha do tema e limitação para o público feminino foi desejo da comunidade surda. “Nós atendemos demandas da comunidade e o que eles querem aprender sobre a saúde, focando na área de medicamentos. Mas como somos um Centro de Informações e nos preocupamos com o contexto geral”, conta.

Vinculado ao Colegiado de Farmácia e ao Núcleo de Estudos em Farmácia Social (NeFarmS), o CIM tem a finalidade de esclarecer dúvidas da população e de profissionais da saúde sobre o uso racional de medicamentos. Desde 2017, o projeto atua com ações de inclusão, e há um ano palestras e oficinas inclusivas são ofertadas para os estudantes da Escola Estadual Professora Adelina Almeida, em Petrolina. A proposta deste ano foi expandir as atividades para outras localidades.

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