A importância das Tecnologias da Informação como instrumentos de aprendizagem, produção de conhecimento e libertação será debatida em evento promovido pelo Colegiado de Geografia da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em parceria com a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), o Instituto Federal Baiano (IF Baiano) e a Prefeitura de Uauá (BA). Com o tema “Diálogos com países da América Latina: Intercambiando saberes com Colômbia e Venezuela”, as discussões acontecerão hoje (19), às 19h, no IF Baiano, em Senhor do Bonfim (BA), e amanhã (20), às 8h, no auditório do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora (CENSA), em Uauá.

O evento é gratuito e voltado ao público geral, especialmente aos professores da educação básica, da graduação e da pós-graduação, bem como integrantes de movimentos sociais e de outras instituições. O debate será conduzido por duas pesquisadoras da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Julieth Carolina Castro Morales, colombiana, apresentará a pesquisa sobre tecnologias digitais como estratégia para o fomento de processos coeducativos entre diferentes gerações. A pesquisadora da Venezuela Yaimar Montoya González abordará a cultura digital da família venezuelana através do projeto Canaima Educativo. Um primeiro momento de socialização já aconteceu ontem (18), no Campus III da Uneb, em Juazeiro (BA).

De acordo com o coordenador do Colegiado de Geografia da Univasf, Átila de Menezes Lima, esse debate reflete a complexidade do mundo contemporâneo. “De acordo com o intelectual brasileiro Milton Santos, vivemos o chamado período tecno-científico-informacional, onde a mediação do conhecimento e das tecnologias juntamente com outras mediações sociais são imprescindíveis para compreensão e atuação no mundo. Entendemos que as Tecnologias da Informação podem ter importante contribuição como instrumento didático-pedagógico, assim como podem ser utilizadas como instrumento de libertação dos povos oprimidos”, afirma o professor.

Ainda segundo Lima, o estabelecimento do diálogo com a realidade de outros países da América Latina pode contribuir para que esses conhecimentos sejam apropriados como um instrumento de libertação de povos oprimidos. “A importância de realizar esse intercâmbio com países vizinhos é de fundamental para maior troca de saberes, solidariedades, construção de redes colaborativas em pesquisas e práticas emancipativas”, explica.