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Equipe Baajatinga da Univasf participa da 14º competição Baja SAE Brasil - Etapa Nordeste

publicado: 31/10/2019 14h23 última modificação: 20/11/2019 08h17
Layla Shasta


A equipe irá competir com o veículo BJT06, também chamado de Hircus. Foto: Luciana Flores

A Baajatinga, equipe da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), participará do 14º Torneio Baja SAE Brasil - Etapa Nordeste, disputa na qual estudantes de Engenharia devem desenvolver e apresentar modelos de carros de corrida off-road que possam realizar atividades automobilísticas em locais de difícil acesso. A prova começa amanhã (1º) e o grupo vai levar seu veículo para disputar, durante três dias, o 1º lugar no pódio da prova, que acontece no Senai Cimatec, em Salvador (BA).

Os estudantes que participam do Baajatinga não negam que são competitivos, tampouco escondem a paixão por carros. O projeto de extensão existe há 11 anos na Univasf e, entre disputas regionais e nacionais, já participou de 17 competições no total. Nos últimos anos, o grupo alcançou , e lugares na etapa Nordeste em 2016, 2017 e 2018, respectivamente. Nesta edição, eles querem ir além. “A meta agora é ser campeão, não menos que isso”, afirma o membro do grupo e estudante de Engenharia Mecânica da Univasf, Matheus de Souza.

Para esta edição da prova, os estudantes realizaram diversas modificações em seu carro. O off-road recebeu melhorias em seu sistema de transmissão, suspensão e ergonomia, o que tornou o veículo mais forte, veloz e seguro. Além disso, um dos integrantes do projeto e discente de Engenharia Mecânica, Kaio Arrruda, conta que os avanços vão além dos conceitos técnicos do carro e estão ligados, também, ao próprio grupo. “O senso de equipe é algo que a gente percebeu que evoluiu bastante dentro do time”, diz Arruda, que é o piloto do off-road.

O veículo produzido pelos discentes é o BJT06, também chamado de Hircus, apelido que faz referência ao nome científico de um animal muito popular no semiárido do Nordeste: o bode. Levando consigo o bordão fear the goat, frase que em português significa “tema o bode”, o Hircus passará por diferentes avaliações durante o Baja SAE. São elas: análises estáticas, que envolvem inspeções de segurança, verificação de motor e avaliação de projeto, bem como provas dinâmicas, que irão avaliar aspectos como aceleração, velocidade máxima e tração.

Além disso, há ainda o Enduro de Resistência, principal prova da competição, na qual os veículos devem completar voltas em uma pista de terreno irregular, com obstáculos, por um período de 3 horas. Nesta etapa, o prêmio vai para o carro que conseguir dar mais voltas no espaço de tempo delimitado.

Os futuros engenheiros da Univasf estão determinados a levar o troféu para casa e deixar seu legado. A estudante de Engenharia de Produção Manuella Lima afirma que o espírito da competição corre em suas veias e, para ela, a soma disto com o amor pelo projeto provoca o desejo de sempre se superar e fazer com que os próximos integrantes se recordem de sua participação. “Você começa a querer ser melhor, para os próximos lembrarem que fez parte daquela história”, diz. Segundo a discente, trata-se de se desenvolver e ajudar outras pessoas a se desenvolverem também.

A Baajatinga é um projeto de extensão criado em 2008, por estudantes, professores e técnicos das Engenharias da Univasf, com o objetivo de projetar e construir um protótipo de veículo off-road, visando preparar futuros profissionais para o mercado de trabalho. O projeto é formado por 23 estudantes e atualmente é orientado pelos professores Alan Dantas, do Colegiado de Engenharia Mecânica (Cenmec), e Jadsonlee Sá, que integra o Colegiado de Engenharia de Computação, com colaboração do professor José Bismark de Medeiros, também do Cenmec.