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Equipe de estudantes da Univasf e da UFPE vence Startup Way Federais Club
Equipe Wepe desenvolveu aplicativo para incentivar a leitura.
Uma equipe multidisciplinar e interinstitucional venceu o desafio do Startup Way Federais Club de propor estratégias e soluções que irão contribuir para a sociedade enfrentar o momento pós-pandemia de Covid-19. O Nambook, um aplicativo de melhoramento de texto, levou a equipe Wepe, formada por estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), à conquista do primeiro lugar na maratona de ideação e empreendedorismo, realizada pelas Instituições Federais de Ensino de Pernambuco, em parceria com o Sebrae-PE e o Sebraelab. A equipe Solver ficou em segundo lugar; a (Re)pense, em terceiro; a X AE A-12, ficou no quarto lugar; e a 4Senses, em quinto. O evento, que teve início em 10 de junho, foi encerrado na noite de ontem (2), com transmissão pelo YouTube, onde permanece disponível o vídeo da solenidade, com a apresentação dos cinco projetos finalistas.
A Wepe é formada pelos estudantes Daniel Lucas Nunes de Alencar Alves, do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (Profnit) da Univasf, no Campus Juazeiro (BA); Karen Danyele da Silva Vieira, do curso de Engenharia Civil, e Helder Leandro da Silva, de Administração, ambos da UFPE, em Caruaru; e Yuri Ramos, aluno de Administração da UFPE, no Recife. A equipe contou com a mentoria da professora de Sociologia do Campus Floresta do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE) Marília Passos e consultoria do professor José Gilson de Almeida Teixeira Filho, da área de TI e Empreendedorismo da UFPE.
A equipe vencedora, que fez referência ao estado de Pernambuco tanto no nome do time Wepe (We, que em inglês significa nós, e PE, a sigla do estado) e no nome do aplicativo Nambook, identificou junto a professores da rede pública de ensino que os índices de leitura entre os estudantes caíram durante a pandemia. A ideia do Nambook é incentivar a leitura por meio da inserção de elementos não verbais, como imagens, em textos didáticos e paradidáticos, aproximando os textos do formato de chat.
“O aplicativo faz um aprimoramento do texto, por meio de ferramentas de inteligência artificial, com a inserção de imagens, emojis e destaques que o enriquecem”, explica Daniel Alves, egresso do curso de Engenharia da Computação da Univasf e discente da turma 2020.1 do Profnit. Outros diferenciais do Nambook são a possibilidade de criar salas de bate papo para discussão sobre obras literárias e o compartilhamento de textos dos próprios usuários do aplicativo.
Os membros do grupo não se conhecem pessoalmente e cada um mora em uma cidade diferente do estado. Esta diversidade foi um dos pontos que contribuíram para que o grupo vencesse o desafio, na opinião de Alves, que é de Araripina. Ele também destaca que o comprometimento e o entrosamento da equipe foram decisivos para que a Wepe fizesse todas as entregas estabelecidas ao longo do Startup Way. “Foi uma oportunidade de ter maior entendimento e uma visão mais ampla do contexto da inovação e do empreendedorismo”, observa.
O Startup Way Federais Club possibilitou à estudante Karen Danyele da Silva Vieira, que apresentou o pitch para a banca examinadora no evento de ontem, vivenciar sua primeira experiência no mundo da inovação e do empreendedorismo. Para ela, um dos grandes desafios do grupo foi o fato de não se conhecerem. “Nem sempre pensávamos da mesma forma, mas sempre conseguíamos um alinhamento nas nossas ideias”, conta ela, que mora em Santa Cruz do Capibaribe.
Daniel Alves e Karen Vieira destacaram a atuação da professora Marília Passos, mentora da Wepe, ao longo da maratona. “A contribuição dela foi fundamental. Ela é da área de educação e nos mostrou o caminho e deu um direcionamento muito importante ao nosso projeto”, relata Karen, que também frisou o apoio do professor Gilson Teixeira e a oportunidade de conviver com pessoas de várias universidades e do Sebrae-PE.
A experiência também foi positiva para Marília Passos, professora de Sociologia nos cursos técnicos integrados em Agropecuária, Informática e licenciatura em Química, do IF Sertão-PE, que foi mentora da Wepe e de outras duas equipes durante a maratona. “Eu me admirei com as propostas super interessantes de alunos de diferentes áreas para solucionar desafios sociais no pós-pandemia”, revela.
Marília elogia o projeto da Wepe. “Eu me senti honrada por ter contribuído um pouco para um projeto tão lindo de aprimoramento da experiência de leitura. Acredito que vem aí uma Startup maravilhosa e que pretendo também divulgar e até utilizar o aplicativo que eles vêm desenvolvendo, o Nambook. Meu papel na mentoria foi ouvi-los, orientá-los, muitas vezes mais fornecendo dicas e sugestões, somando aí a contribuição do IF Sertão Pernambucano”, diz a mentora.
A premiação envolverá a participação em cursos e a entrega de brindes diversos. Além disso, a melhor equipe poderá participar do processo de incubação ou ganhará pontuação diferenciada, de acordo com o edital das incubadoras das instituições federais. Todas as equipes que concluíram as entregas receberão certificado de 30 horas de participação na maratona.
Startup Way Federais Club – A iniciativa reuniu estudantes, docentes e técnico-administrativos em educação da Univasf e das Universidades Federais de Pernambuco (UFPE), Rural de Pernambuco (UFRPE), do Agreste de Pernambuco (Ufape), além dos Institutos Federais de Pernambuco (IFPE) e do Sertão Pernambucano (IF-Sertão), numa maratona realizada de 10 de junho a 2 de julho em parceria com o Sebrae-PE. O projeto teve 1.316 estudantes inscritos e 253 equipes participantes, que criaram soluções para um dos quatro desafios propostos: “Volta às aulas pós-covid”, “Agropecuária pós-Covid”, “Interação com os clientes na venda de produtos e serviços pós-covid” e “Novos modelos de negócios pós-covid”. Ao longo da maratona as equipes participaram de mentorias, debates, palestras e avaliações para a seleção das melhores propostas. Todas as atividades foram desenvolvidas de forma remota, com o apoio de professores mentores.