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Estudantes de Arqueologia e Preservação Patrimonial criam material de divulgação sobre patrimônio cultural de São Raimundo Nonato
Promover a curricularização da prática extensionista como dimensão fundamental no exercício do saber universitário, permitindo que saberes acadêmicos se comuniquem com os saberes comunitários. Foi com este objetivo que estudantes do curso de Arqueologia e Preservação Patrimonial da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) criaram um material de divulgação sobre o patrimônio cultural de São Raimundo Nonato (PI). A atividade foi realizada durante a disciplina de Preservação Patrimonial II, ministrada pelo professor Marcus Vinícius Santana Lima.
O material foi divido em duas partes e foi criado em formato de “carrossel”, narrativa voltada para a rede social Instagram. Na primeira parte, os estudantes apresentam seis edifícios considerados históricos na região, como a Antiga União Operária e o Núcleo de Tecnologia Municipal. A segunda parte apresenta dois patrimônios culturais e naturais, sendo eles a Serra da Capivara e o Parque da Serra das Confusões. Os materiais, que podem ser encontrados no Portal SRN, também contam sobre a importância desses locais e formas de preservação.
Segundo o professor Lima, a ideia para a atividade surgiu em sala de aula através de debates com os discentes. “Elencamos possibilidades de atividades de extensão a partir do que cada estudante já havia praticado, analisando também a maneira como a sociedade contemporânea apresenta formas interativas de comunicação”, diz o docente.
Ele conta que materiais relacionados ao patrimônio cultural de uma região, especialmente em caráter extensionista, contribuem para a construção de um debate relacionado às identidades culturais dela e auxiliam na elaboração de formas de pertencimento dos que já viveram ali. “Os patrimônios culturais também agem como instrumentos políticos na medida em que passam a valorizar a história e o cotidiano de uma comunidade. Homens e mulheres cientes de seus patrimônios podem elaborar identidades que, amparadas na história e na tradição, façam frente a modelos socioeconômicos e tendem a descartar modos de vida não afeitos à aceleração do tempo e aos atuais esquemas de produtividade”, conclui.