O Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) recebeu, nesta terça-feira (14), a visita de estudantes do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Monteiro Lobato, localizada no distrito de Izacolândia, em Petrolina (PE). O objetivo foi proporcionar aos estudantes o contato com a pesquisa científica e o aprendizado sobre a importância da conservação da Caatinga. A programação ocorreu durante todo o dia com apresentação das ações do Núcleo nas áreas de influência do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf).

Pela manhã, os alunos conheceram sementes de espécies vegetais da Caatinga e aprenderam na prática a como colocá-las para germinar com a orientação da pesquisadora do Nema, Edjane Damasceno. Para explicar o trabalho da equipe do Inventário Florístico, a analista ambiental Maiane Rosine ensinou as etapas do processo de herborização e apresentou algumas exsicatas e duplicatas da coleção botânica do Núcleo.

Durante a tarde, os estudantes conheceram todos os setores da sede do Núcleo com o acompanhamento do vice-coordenador do Nema, professor Daniel Pifano. Logo após, o coordenador do Nema, professor Renato Garcia, apresentou a palestra “Licenciamento Ambiental como ferramenta para o conhecimento e conservação da biodiversidade”.

“Essa interação entre o Nema e as escolas públicas é de extrema importância, visto que representa uma ponte entre o conhecimento produzido no PISF e a sociedade. Essa relação é imprescindível para que haja a democratização de acesso a esses conhecimentos, troca de valores com a comunidade escolar, além de intensificar a tríade ensino-pesquisa-extensão e contribuir forma positiva para a superação das desigualdades sociais”, ressaltou a pesquisadora do Nema, Liliane Lima.

A iniciativa surgiu da estudante do Colegiado de Engenharia Agronômica da Univasf e ex-aluna da Escola Estadual Monteiro Lobato, Laiza Lima. “Quis trazê-los para entender a importância do trabalho do Nema, despertar uma visão mais sustentável do lugar onde vivem e para estimular a consciência de que, mesmo morando no interior, eles podem cursar o ensino superior”, explicou Laiza.

De acordo com a professora da escola, Claudeisa Coelho, os alunos estavam entusiasmados. “Eles conseguem associar os assuntos de sala de aula com a prática e também se sentem pertencentes à universidade”, afirmou a professora. Com o objetivo de cursar Engenharia Agronômica na Univasf, a estudante Iris Souza aproveitou bastante a experiência. “Foi um aprendizado enorme, porque foram abordados diversos assuntos que nós não conhecíamos, apesar de conviver na Caatinga”, disse Iris.