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Núcleo de Estudos e Pesquisas de Plantas Medicinais (Neplame) da Univasf completa 15 anos
O Núcleo é composto por 15 estudantes, sob a coordenação dos professores Jackson Guedes e Ana Paula de Oliveira. |
Com mais de 290 artigos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais, o Núcleo de Estudos e Pesquisas de Plantas Medicinais (Neplame) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) completou 15 anos de criação na última quarta-feira (15). O Neplame foi criado em 2007 com o objetivo de desenvolver projetos de pesquisa nas áreas de plantas medicinais e produtos naturais, principalmente de plantas do bioma Caatinga, envolvendo as áreas de fitoterapia, química e farmacologia. Além das pesquisas, o Núcleo promove oficinas, minicursos, palestras e capacitações.
Atualmente, o Neplame é formado por 15 estudantes de pós-doutorado, doutorado, mestrado e iniciação científica, que atuam sob a coordenação dos professores Jackson Guedes, do Colegiado de Farmácia e do Programa de Pós-Graduação em Biociências (PPGB), e Ana Paula de Oliveira, do PPGB. Guedes conta que já atuava com estudos farmacológicos e químicos com plantas medicinais desde 2004, quando chegou à região, mas observou a necessidade de criar um núcleo de pesquisa na Univasf. “A partir dessa necessidade, criamos o Neplame, que foi lançado oficialmente na abertura do 1º Simpósio de Plantas Medicinais do Vale do São Francisco, para que pudesse dar suporte ao uso racional de plantas medicinais na nossa região, além de divulgar a Universidade para a comunidade e para outras instituições do país”, pontua.
Ele destaca alguns dos trabalhos produzidos pelo grupo. “Temos trabalhos descrevendo moléculas inéditas, publicadas pela primeira vez na literatura, e avaliações sobre a atividade farmacológica de plantas que são usadas na medicina popular. Avaliamos a toxidade das plantas que são mais usadas pela população no tratamento de doenças, para calcular a dose segura que possa ser utilizada, e damos o retorno à comunidade através dos artigos científicos e meios de comunicação”, relata o professor.
Ao longo dos 15 anos de funcionamento, o grupo de pesquisadores que formam o Neplame também já escreveu capítulos de livros e resumos, que foram apresentados em eventos nacionais e internacionais, além de patentes solicitadas a partir dos resultados das pesquisas realizadas no grupo. O Núcleo soma 34 dissertações de mestrado concluídas em seu laboratório; 22 orientações de tese de doutorado; dois trabalhos de supervisão de pós-doutorado; 21 trabalhos de conclusão de curso e 59 orientações de iniciação científica. Para Guedes, o principal destaque do Núcleo é o seu potencial formador de recursos humanos. “Temos formado profissionais, tanto para academia quanto para o mercado, em diversas áreas, como Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Psicologia e Biomedicina, contribuindo para a qualidade do serviço prestado para a comunidade na região”, enfatiza.
Para os planos futuros do Neplame, Guedes deseja que o grupo fortaleça cada vez mais a pesquisa na Univasf e que contribua para a captação de recursos a partir da aprovação de projetos nos órgãos de fomento, além de conseguir ampliar a rede de parcerias internacionais, que já conta com pesquisadores da Noruega, Marrocos, Argentina, Tunísia, Índia, França e Portugal. “Já temos vários projetos aprovados pelos principais financiadores da pesquisa, como CNPq, Capes e Facepe. Esperamos também contribuir cada vez mais para a formação de recursos humanos aqui na Universidade e para a internacionalização da Univasf e dos nossos programas de pós-graduação”.