Você está aqui: Página Inicial > Notícias > Potencial do girassol e da helicônia para floricultura de corte é tema de Dia de Campo realizado na Univasf

Notícias

Potencial do girassol e da helicônia para floricultura de corte é tema de Dia de Campo realizado na Univasf

publicado: 30/09/2022 12h20 última modificação: 30/09/2022 12h20
Renata Freitas


Dia de Campo apresentou o desempenho de 12 variedades de girassol.

Sob um céu azul e um sol escaldante típico do fim de setembro na região de Petrolina (PE), eles estavam lá, sorridentes, e voltados para os raios fortes que se espalhavam pelos canteiros, que, por sua vez, exibiam dezenas de flores e outros tantos botões por desabrochar. Frente a esse espetáculo da natureza, os participantes do Dia de Campo Flores no Vale do São Francisco – Novas alternativas de produção no Vale, ouviam atentamente as informações apresentadas sobre o cultivo de girassóis na região e o seu potencial para corte. O evento aconteceu ontem (29) no Campus Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e foi realizado pelo grupo de pesquisa Plantas Ornamentais no Vale do São Francisco (Povasf).

Aproximadamente 50 pessoas, entre estudantes de graduação e pós-graduação da Univasf e profissionais de outras áreas, participaram do Dia de Campo, o primeiro realizado na área de floricultura na região. Os participantes conheceram alguns resultados das pesquisas que o grupo vem realizando sobre a cultura do girassol. Os pesquisadores, sob a orientação da professora do Colegiado de Engenharia Agronômica (Ceagro) Márkilla Zunete Beckmann-Cavalcante, líder do Povasf, plantaram em meados de agosto 12 variedades diferentes dessa flor, de origem mexicana.

Participantes conheceram as etapas de cultivo do girassol.

Das 12 variedades cultivadas, 11 foram cedidas por meio do Grupo Phenoglad, que reúne várias instituições de ensino com atuação na área de floricultura. A professora Márkilla Beckmann informou que as variedades são da Itália e foram distribuídas a dez instituições brasileiras, entre as quais a Univasf, com o objetivo de possibilitar o desenvolvimento de estudos sobre aclimatação e novas culturas do girassol em diferentes regiões do Brasil.

O bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti) no Povasf, Heberte Figueredo, que está no 8º período do curso de Engenharia Agronômica, apresentou aos participantes do Dia de Campo os cultivares de girassol e falou sobre os estágios de desenvolvimento da espécie desde o plantio até o aparecimento do botão floral e a abertura completa da flor. A experiência no grupo de pesquisa tem lhe possibilitado, entre outros aspectos, descobrir o potencial do mercado de produção e comercialização de flores na região. “Nosso trabalho mostra que é possível produzir flores aqui e isso representa novas oportunidades para a região, porque não vemos ainda uma cultura voltada à produção e ao consumo de flores”, contou.

Na segunda parte da programação do Dia de Campo, foram apresentados resultados de estudos que vêm sendo realizados com a cultura das helicônias, plantas tropicais, originárias das Américas do Sul e Central, Ilhas do Pacífico e Indonésia, que também têm grande potencial ornamental. Os participantes puderam observar o desempenho de diferentes variedades da planta em ambiente de cultivo sombreado e a pleno sol.

Estudante do Povasf apresenta variedades de helicônias cultivadas em ambiente sombreado.

A paixão pelas flores, pelo campo e a história familiar levaram a economista Vanessa Dias a participar do Dia de Campo. “Gosto de cultivar plantas, flores e de estar perto delas”, contou. Seu objetivo é investir na área de floricultura, não só com a possível produção e comercialização de flores e arranjos, mas fazendo uma pós-graduação na área, na qual possa agregar sua formação inicial ao interesse crescente pelas flores. “Sou filha e neta de produtores rurais. Meu pai plantava banana orgânica e eu descobri que quero trabalhar com flores. Esse é um grande nicho de mercado, no qual eu quero atuar”, relatou, empolgada.

A professora Márkilla Beckmann ressaltou que os diversos estudos que estão em andamento com essas espécies de plantas ornamentais e outras que também estão sendo acompanhadas pelos membros do Povasf no CCA mostram que o cultivo de flores é possível no Vale do São Francisco. “As pesquisas são essenciais para nos ajudar a reunir informações e dados para auxiliar a produção de flores aqui na região. Nesse dia de campo, mostramos que essa produção é possível”, concluiu.

registrado em: , , , , ,