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Programa FarmaLibras desenvolve aplicativo e vocabulário farmacêutico em Libras

publicado: 02/04/2024 17h15 última modificação: 02/04/2024 17h15

Para facilitar a comunicação com a comunidade surda, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e o Conselho Federal de Farmácia (CFF) estão desenvolvendo, através do Programa FarmaLibras, o Aplicativo Web FarmaLibras e o Vocabulário Terminográfico Farmacêutico Bilíngue (Português-Libras). O lançamento dos produtos está previsto para acontecer no III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas, a ser realizado em novembro, na cidade de Foz do Iguaçu (PR). O FarmaLibras é um programa que envolve pesquisa, extensão e inovação tecnológica, voltado para o aprendizado e desenvolvimento de ferramentas de comunicação em Libras.

As ferramentas foram apresentadas na 69º Reunião Geral dos Conselhos Federal e Regionais de Farmácia, em março, pelos coordenadores do FarmaLibras, Deuzilane Nunes e Tarcísio José Palhano. Na ocasião, os coordenadores também apresentaram o Vocabulário Terminográfico Farmacêutico Bilíngue e o Aplicativo Web FarmaLibras e outras ações do programa ao reitor da Univasf, Telio Nobre Leite, e ao presidente do CFF, Walter da Silva Jorge João, durante reunião ocorrida na sede do Conselho Federal de Farmácia.

O Programa FarmaLibras tem como principal objetivo estimular o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais (Libras) pelos farmacêuticos e desenvolver ferramentas de comunicação com as pessoas surdas usuárias de Libras. As ações desenvolvidas pelo programa atualmente são: o curso básico de Libras na Plataforma Edu.farma e processo de Certificação prática em Libras no contexto farmacêutico; desenvolvimento do Vocabulário Terminográfico Farmacêutico Bilíngue (Português-Libras); e o desenvolvimento de um Aplicativo Web para facilitar a comunicação farmacêutica entre ouvintes e surdos usuários de Libras.

Para desenvolver o vocabulário foi elaborado um verbete com 189 termos farmacêuticos, que no momento está na fase de revisão final da língua portuguesa e, após esta etapa, entrará no processo de avaliação linguística da Libras. “Fizemos uma pesquisa científica para avaliar e listar quais termos farmacêuticos são mais necessários e urgentes para que a sociedade conheça, depois foram criados os verbetes, e então começamos a mapear e analisar para quais termos já existem sinais em Libras nas comunidades surdas do Brasil”, relata Deuzilane Nunes, professora do Colegiado de Farmácia da Univasf.

O Aplicativo Web FarmaLibras, que está sendo produzindo simultaneamente ao vocabulário, servirá para facilitar a comunicação farmacêutica, quando o farmacêutico for ouvinte e atender um paciente surdo, ou vice-versa. No aplicativo haverá frases usualmente utilizadas no atendimento e deve ser utilizado ao mesmo tempo entre um farmacêutico e o paciente, quando um deles não souber Libras. O aplicativo está em fase de teste de usabilidade do protótipo junto à sua programação.

Desenvolvido pelo Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) da Univasf, o FarmaLibras conta com uma equipe formada por 81 pessoas, entre as quais, 43 são docentes, bolsistas e voluntários da Instituição. O programa também tem a colaboração de especialistas em Libras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), da Universidade Federal de Sergipe (UFS), do Instituto Federal de Brasília (IFB) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).