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Projeto Baajatinga da Univasf conquista 3º lugar em competição de automobilismo

publicado: 18/11/2019 16h34 última modificação: 20/11/2019 08h15
Layla Shasta


Estudantes que participaram da disputa automobilística de carros off-road construídos por universitários de cursos de Engenharia.

Estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) conquistaram a 3º colocação na 14º competição Baja SAE Brasil – Etapa Nordeste, disputa automobilística de carros off-road construídos por universitários de cursos de Engenharia. Após competirem com 20 times de sete Estados da região, além do Distrito Federal, os discentes da equipe Baajatinga, da Univasf, voltaram para o Vale do São Francisco trazendo consigo três troféus. Além do 3º lugar na competição, a equipe recebeu troféus pelo 2º lugar em Apresentação de Projetos e 2º lugar geral em Projetos. E também se classificou em 1º lugar nas finais de projetos, categoria que não concedeu premiação em troféu este ano. A competição aconteceu no Senai Cimatec, em Salvador (BA), de 1º a 3 de novembro.

Ao longo de três dias de provas, a equipe Baajatinga vivenciou diversos momentos cheios de emoções e vitórias. O grupo alcançou cerca de 313 pontos em avaliações estáticas, 158 nas análises dinâmicas e obteve em torno de 197 pontos na principal prova da competição, o “Enduro”, completando o total 668,53 pontos e ocupando a posição de terceiro melhor time da disputa.

Projeto de extensão criado em 2008 e formado por 23 estudantes das Engenharias, o Baajatinga é coordenado pelos professores Alan Dantas, do Colegiado de Engenharia Mecânica (Cenmec), e Jadsonlee Sá, do Colegiado de Engenharia de Computação, com colaboração do professor José Bismark de Medeiros, também do Cenmec. Todos os anos, para a Baja SAE, os estudantes de Engenharia imergem em um caso real de desenvolvimento de um veículo off road, desde sua concepção e elaboração de projeto à construção e realização de testes.

Nesta edição, durante a disputa, o carro produzido pelos alunos da Univasf primeiramente passou por inspeções de segurança, avaliações de execução orçamentária e de projeto, e, após isso, por provas de frenagem, tração, suspensão e aceleração. Nessas etapas, o grupo conquistou o primeiro lugar nas finais de apresentação de projeto, além do título de 3º melhor na gestão e apresentação orçamentária, 3º posição na prova de custos e o 4º lugar no quesito aceleração.

“Isso mostra que a nossa equipe já está entre as melhores, em termos de projeto”, explica o integrante da Baajatinga e estudante de Engenharia Mecânica da Univasf Matheus de Souza. “Mesmo sendo uma equipe relativamente nova em relação às outras, nossos integrantes têm um esforço equiparado ou até superior ao de alunos de universidades mais antigas, mais conhecidas. Isso demonstra que o projeto não precisa ter muitos recursos ou ser localizado em uma capital, basta apenas a vontade. Os nossos integrantes têm bastante vontade de crescer e evoluir”, diz.

A última prova da competição é o Enduro, quando os veículos devem completar voltas em uma pista de terreno irregular, com obstáculos, areia e até poças d’água, por um período de três horas. É fácil perceber que em uma corrida off-road é importante não ter medo de se sujar: durante a disputa, vitória é sinônimo de ser veloz, levantar muita poeira e esguichar lama para o alto.

O BJT06, também chamado de Hircus, carro construído pela Baajatinga, enfrentou este desafio e, no decorrer da prova, acabou passando por alguns problemas técnicos que o afastaram do primeiro lugar. O veículo foi para o box e precisou ter peças trocadas, mas, apesar dos impasses, muito trabalho em equipe fez o time conseguir se recuperar e, ainda, completar as voltas entre os cinco primeiros colocados.


Ao fim do Baja SAE, a Baajatinga subiu ao pódio três vezes e, embora não tenha conquistado o primeiro lugar geral, o grupo recebeu muitas avaliações positivas, como conta o integrante do time, Matheus de Souza, que afirma estar feliz com o resultado. “O prêmio, claro, todo mundo quer ganhar, mas acho que vale mais ter ganhado o respeito das outras equipes, que viram que nosso projeto estava muito bom”, afirma.Com o carro reparado pelo grupo, o piloto Kaio Arruda não teve medo de arriscar: pisou o pé no acelerador e, assim, conquistou a 5º posição na disputa. “Estávamos em primeiro lugar, com oito voltas à frente do segundo, e fomos para oitavo ou nono. Quando resolvemos totalmente o problema faltavam vinte minutos para o final da prova e nesse ponto decidi ‘ir com tudo’, independente da integridade do veículo”, conta Kaio, que é estudante de Engenharia Mecânica.

“A gente entregou um carro competitivo, que foi elogiado pelos juízes. Nós trabalhamos em grupo para que pudéssemos entregar o melhor projeto possível. Para nossa equipe e nossa faculdade isso é uma proeza, demonstra que temos muito potencial e, agora, um novo patamar de projeto. Os nossos horizontes estão se expandindo”, conclui Matheus sobre a experiência vivida por sua equipe 14º Baja SAE Nordeste.