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Proposta de criação de Unidade de Conservação na Caatinga segue para Conselho Estadual do Meio Ambiente no Recife (PE)

publicado: 22/11/2018 17h16 última modificação: 22/11/2018 17h16
Jaquelyne Costa / Ascom Cemafauna
Flávia Cavalcanti

Foram realizadas nos dias 13 e 14 de novembro nos municípios de Salgueiro e Cabrobó (PE), respectivamente, as consultas públicas para apresentar a proposta de criação da Unidade de Conservação Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Serras Caatingueiras, em uma área de 21,6 mil hectares. A proposta surgiu após estudos realizados pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em virtude do Programa Básico 23 – PBA 23 do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF), por meio do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga) e do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema).

O Cemafauna Caatinga e o Nema começaram a tratar sobre as pesquisas em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas), Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Prefeituras de Salgueiro e Cabrobó, sertão de Pernambuco. Representando a Univasf estiveram presentes os analistas ambientais Jéssica Viviane Amorim (Cemafauna Caatinga) e Luis Colho (Nema), cada um apresentando os aspectos fundamentais para a criação da proposta no que concerne à conservação da fauna e flora da Caatinga, apontando espécies que precisam de uma atenção maior para que não sejam consideradas extintas da natureza.

As consultas tiveram o objetivo de apresentar a proposta ao público desses municípios, dialogando sobre as perspectivas e anseios da comunidade presente para a criação dessa unidade. O próximo passo será a apresentação da proposta ao conselho estadual do meio ambiente, no Recife, que acontecerá nesta sexta-feira (23).

De acordo com Jéssica Viviane, a participação do Centro nessa proposta é proporcionar mais um aliado à conservação de espécies ameaçadas de extinção, dentre o inventário de mais de 320 espécies na região. “Esse quantitativo demonstra que a área é muito importante pela elevada riqueza de espécies, contando cinco espécies endêmicas, algumas ameaçadas de extinção como a onça-parda, o gato-mourisco, mocó. Além disso, a região também se destaca pelo registro de uma nova espécie, a Melanis caatingensis”, informou a bióloga.