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Univasf apresenta projeto urbanístico e arquitetônico do Campus Salgueiro
Maquete do projeto: bloco acadêmico no centro, com calçadões e estrutura viária circundante, e interligado ao bloco de biblioteca, auditório e refeitório, com detalhes em azul, e sua praça descoberta.
Um campus com edificações com linguagem arquitetônica contemporânea, em harmonia com os valores ambientais e os aspectos históricos do terreno, que já abrigou o pátio da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA), tombado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), e com espaços para uso de toda a comunidade. Esta é a proposta do projeto urbanístico e arquitetônico para o campus definitivo da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) na cidade de Salgueiro (PE). O projeto foi concluído recentemente e será apresentado à Prefeitura de Salgueiro, para fortalecer as negociações com o poder público municipal em prol da confirmação da doação do terreno.
O projeto executivo do Campus Salgueiro foi elaborado pela MF&L Construtora, de Brasília (DF), a partir de proposta e estudo preliminar realizados pelo arquiteto e professor do Colegiado de Engenharia Civil (CCivil) Sérgio Motta e pelo arquiteto da Univasf Fernando Kursancew, que também coordenaram o trabalho. No terreno doado à Univasf para construção do novo campus, que possui área total de mais de 88 mil metros quadrados, já existem algumas edificações, que serão totalmente incorporadas à estrutura do novo campus, com algumas adequações. Uma delas é o armazém de carga da RFFSA, onde inicialmente funcionarão biblioteca e auditório. Este último utilizará a estrutura do Teatro Alaíde Conserva, que continuará com seu uso cultural original e aberto à comunidade. No prédio da estação ferroviária, funcionará a administração do Campus.
O Campus Salgueiro contará ainda com dois blocos acadêmicos a serem construídos. O primeiro bloco terá três pavimentos e será composto por praça coberta, salas de aula, laboratórios, salas de apoio e áreas de estar com jardins. O segundo bloco irá sediar de forma permanente a biblioteca, o refeitório, o auditório, áreas de apoio e terraço. Também haverá um castelo d’água, com um mirante para contemplação, um anfiteatro aberto, uma quadra poliesportiva coberta e praças, além de uma pista de caminhada percorrendo toda a extensão do campus ao longo dos antigos trilhos. O investimento em projetos totaliza R$ 270.173,03, financiados por termo de execução descentralizada firmado com o Ministério da Educação (MEC).
Vista de cima mostra maquete inteira do projeto do Campus Salgueiro.
De acordo com o professor Sérgio Motta, que também é presidente da Comissão de Espaços Físicos (Coef) da Univasf, o urbanismo do projeto deixa em evidência os elementos patrimoniais — estação, armazém e trilhos — e os afloramentos de rochas e prevê a recuperação da vegetação e o saneamento do córrego, que já teve uma primeira etapa executada em parceria com a Prefeitura de Salgueiro e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). “O projeto insere as novas edificações de forma que haja o mínimo de movimentação de terra e interferências visuais nas edificações, além de criar espaços de convivência, como praças e o anfiteatro. A intervenção prevê ainda a manutenção da área como articulação viária consolidada na cidade e a incorporação do Teatro Alaíde”, destaca.
O arquiteto Fernando Kursancew ressalta que os elementos urbanísticos e arquitetônicos do Campus Salgueiro foram planejados para permitir uma infraestrutura adequada ao funcionamento das atividades acadêmicas assim como para proporcionar novos espaços públicos de lazer à população da cidade. “Há espaços de convivência, pista de caminhada e corrida, anfiteatro. É um grande projeto de muita relevância para a Univasf e a cidade de Salgueiro”, afirma.
Para o professor Sérgio Motta, o projeto urbanístico e arquitetônico com os elementos propostos para o Campus Salgueiro evidencia a importância para toda a cidade da implantação do novo campus da Univasf no terreno doado pela Prefeitura Municipal. “Considerando o impacto positivo que o Campus, neste local, trará para toda a comunidade, estamos certos de que qualquer dúvida que ainda possa restar no Executivo Municipal será extinta. A finalização do projeto executivo deixou isto ainda mais claro para nós”, avalia o docente.