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Univasf e Sudene lançam Rede Impacta Bioeconomia e projeto FruitTech na segunda-feira (19)
A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) realizam nesta segunda-feira (19) a solenidade de lançamento da Rede Impacta Bioeconomia - Biomas do Nordeste e do projeto FruitTech. Estarão presentes o reitor da Univasf, Telio Nobre Leite, e o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. O evento ocorrerá no Cineteatro da Univasf, no Campus Sede, em Petrolina (PE), a partir das 9h.
A Rede Impacta Bioeconomia é coordenada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Complexo Econômico Industrial da Saúde (ICeis), que é vinculado à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Na Univasf, as ações da rede serão coordenadas pelo professor do Colegiado de Farmácia Jackson Guedes. Já o projeto FruitTech é coordenado pelo professor do Colegiado de Administração da Univasf Valdner Ramos. As duas iniciativas visam promover o desenvolvimento regional por meio da pesquisa e da inovação e contam com apoio financeiro da Sudene.
Com o principal objetivo de fomentar a bioeconomia aplicada à saúde, a Rede Impacta Bioeconomia prevê a produção de medicamentos a partir da pesquisa e inovação, centrada nos agricultores familiares agroecológicos, da fauna e da flora dos biomas da região Nordeste. A rede, que também foi lançada pela Sudene, no Recife (PE), possui seis metas: a primeira trabalhará os derivados do umbu; a segunda do maracujá-da-caatinga; a terceira, da pitanga, da acerola e do melão-de-são-caetano; a quarta terá foco na criação de defensivos agrícolas; a quinta trabalhará com o mapeamento das cadeias de valor; e a sexta atuará com base na produção de mel de abelha.
Conforme Jackson Guedes, com a Rede Impacta Bioeconomia será possível dar um novo olhar para as cadeias produtivas já existentes na região, principalmente para os produtos oriundos da Caatinga. “A gente tem aqui, por exemplo, a cadeia produtiva do umbu, que gera muitos produtos na área de alimentos, como doce, geleia, compota e cerveja. O objetivo agora é pensar em desenvolver cosméticos, suplementos alimentares e medicamentos fitoterápicos, utilizando como base as plantas medicinais que são encontradas na região”, ressalta o docente.
Resultado de parceria entre as Instituições de Ensino Superior Univasf, Faculdade de Petrolina (Facape) e Universidade do Estado da Bahia (Uneb), junto com o Centro de Excelência da Fruticultura (Senar), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Sudene, o projeto FruitTech visa promover e apoiar ações de fomento ao ecossistema de inovação da fruticultura no Vale do São Francisco, a partir da implementação do programa “Trilha de Inovação na Fruticultura”.
O professor Valdner Ramos explica que o FruitTech irá planejar, apoiar e fomentar a implantação de infraestrutura de cooperação, difusão e de transferência de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) para a cadeia produtiva da fruticultura, tendo por base o Agronegócio 5.0 (Agricultura Inteligente). As instituições parceiras irão executar uma série de ações ao longo da Trilha de Inovação, entre elas o Desperta Agro; dias de campo; FruitThon (hackathon com foco nas demandas da fruticultura); desafios de negócios; e programas de mentorias e de aceleração de negócios. O projeto conta com uma equipe multidisciplinar com a participação de pesquisadores das várias instituições envolvidas.
As ações ocorrerão, inicialmente, por meio de uma plataforma virtual e, posteriormente, a partir de infraestrutura física. “O programa FruitTech visa representar e promover um ambiente capaz de hospedar, conectar e desenvolver o crescimento de startups em atuação colaborativa com parceiros (universidades, escolas técnicas e instituições de pesquisa), players da indústria do agronegócio da fruticultura na busca de soluções tecnológicas e inovações tecnológicas de forma a contribuir, efetivamente, para o desenvolvimento da fruticultura da região do Vale do São Francisco e do país”, destaca Ramos.