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Univasf sedia “III Seminário de Intercâmbio entre Projetos de Recuperação da Vegetação em Unidades de Conservação na Caatinga” até amanhã (21)
Evento acontece no Complexo Multieventos no Campus Juazeiro (BA). Fotos: Karen Lima
A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) é sede do “III Seminário de Intercâmbio entre Projetos de Recuperação da Vegetação em Unidades de Conservação na Caatinga”, que ocorre até esta quinta-feira (21). O objetivo do evento é discutir os avanços realizados pelas iniciativas apoiadas pelo Global Environmental Facility (GEF Terrestre), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). O RE-Habitar Ararinha-azul, realizado pelo Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema) da Univasf, é um dos projetos contemplados. O seminário acontece no miniauditório 4 do Complexo Multieventos da Universidade, no Campus Juazeiro (BA).
A mesa de abertura ocorreu na terça-feira (19) e contou com a presença do coordenador do Nema, professor Renato Garcia, e de representantes do MMA: a diretora do Departamento de Florestas da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais (SBio), Fabíola Zerbini; e o diretor de Combate à Desertificação da Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável (SNPCT), Alexandre Pires. Também participou o representante do GEF Terrestre, o gerente de projetos ambientais do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), Rodolfo Marçal. Em seguida, foram realizadas mesas redondas sobre os desafios e oportunidades, sistemas produtivos e práticas de recuperação.
Nesta quarta-feira (20), a programação conta com as sessões “O papel das comunidades locais na execução de projetos de recuperação da vegetação”, com uma roda de conversa com os beneficiários dos projetos, e “Apresentação dos resultados e lições aprendidas dos projetos”.
Para o coordenador do Nema, Renato Garcia, a realização do evento no semiárido é muito importante. “Estamos há alguns anos nos movimentando para que discussões sobre a Caatinga aconteçam na Caatinga e este evento representa este esforço da Universidade. Também parabenizamos o MMA e o Funbio por essa iniciativa de apoiar esses projetos neste bioma, que ainda carece de esforços de restauração”, disse.
Conforme o diretor de projetos do GEF Terrestre/Funbio, Rofolfo Marçal, as ações financiadas pelo GEF Terrestre estão contribuindo para a restauração da Caatinga. “Além das ações, estamos realizando capacitações para possibilitar uma transformação na vida das pessoas das comunidades. As metodologias utilizadas nos projetos também estão sendo testadas e replicadas. Isso mostra que o GEF Terrestre é um marco no processo de recuperação da Caatinga e a expectativa é que nos próximos anos seja em uma escala ainda maior”, afirmou.
De acordo com a diretora do Departamento de Florestas da SBio do MMA, Fabíola Zerbini, o RE-Habitar Ararinha-azul é um importante exemplo de projeto que favorece toda a biodiversidade. “Para nós da SBio, esse projeto integra praticamente todas as nossas agendas, porque mostra por meio de resultados que existe conexão entre a flora e a fauna, e nosso desejo é conectar essas agendas cada vez mais”, ressaltou.
A beneficiária do projeto RE-Habitar Ararinha-azul, Joseane Almeida, que participa do evento, considerou o seminário enriquecedor. “Estou amando, porque tive a oportunidade de adquirir muito conhecimento, ouvir sobre as ações realizadas por outras instituições e trocar experiências com outros beneficiários”, afirmou.
O evento encerra amanhã (21) com visita técnica às áreas de atuação do projeto RE-Habitar Ararinha-azul, na Área de Proteção Ambiental (APA) e Refúgio de Vida Silvestre (Revis) da Ararinha Azul, em Curaçá (BA).