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Atletas do projeto de paracanoagem da Univasf ficaram em 3º lugar no IV Arrastão e Revezamento de Caiaque
Atletas do projeto de paracanoagem da Univasf ficaram em 3º lugar no IV Arrastão e Revezamento de Caiaque
Três integrantes do projeto de extensão "Paracanoagem: reabilitação e inclusão de pessoas com deficiência na região do Vale do São Francisco", vinculado ao Colegiado de Educação Física (Cefis) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), participaram do IV Arrastão e Revezamento de Caiaque, competição realizada em Petrolina (PE) no dia 3 de dezembro. Entre as seis competidoras, a equipe era a única composta por atletas com deficiência. Ao final da prova de revezamento, realizada coincidentemente no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, o conjunto conquistou a terceira colocação geral, que rendeu troféus e medalhas aos esportistas.
A competição consistiu em um revezamento 3x3, no qual cada atleta deveria completar um percurso de mil metros, demarcado por três boias dispostas no rio São Francisco em um formato triangular. O objetivo era terminar a prova no menor tempo possível, à frente dos times concorrentes. Os atletas que competiram pelo projeto de paracanoagem da Univasf foram João Paulo dos Santos Barreto, Jocélio Fonseca dos Santos e Herli Daniel Almeida.
De acordo com Leonardo Trevisan, professor do Cefis e coordenador do projeto, a preparação dos atletas para as competições envolve a prática de técnicas de remada, a adaptação à embarcação e o treinamento de variáveis físicas, como a força e a aptidão cardiorrespiratória. Ele também explica que há algumas diferenças na estrutura física dos paratletas em relação aos esportistas sem deficiência, como a musculatura, por exemplo; além de haver a necessidade de adaptação à biomecânica do movimento olímpico, modificação na técnica e no barco, para adequação à postura, e uso de recursos especializados.
Para Trevisan, a participação dos atletas do projeto durante o IV Arrastão e Revezamento de Caiaque e a conquista de premiação mostram que a Univasf está atuando de acordo com as novas perspectivas da sociedade, buscando promover a inclusão e saindo dos muros da Universidade. O professor também conta que esse resultado trouxe um reconhecimento aos próprios atletas de seus esforços, motivando-os para outras competições; como o Campeonato Brasileiro de Paracanoagem de 2018, o qual a equipe pretende disputar.
Segundo ele, há ainda um efeito positivo sobre a maneira como a pessoa com deficiência é compreendida no meio social. “Isso é importante para que os outros deixem de olhar essa pessoa como alguém que não faz para enxergar alguém que pode fazer, desde que haja as condições para isso”, declara Trevisan.
Projeto de Paracanoagem – Coordenado pelo professor Leonardo Trevisan, o projeto teve início este ano e conta com a participação de um aluno do mestrado e de um bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Extensão Universitária (Pibex). Atualmente, são atendidas 12 pessoas com deficiência e os treinamentos são realizados na Orla Nova de Juazeiro (BA), nas terças e quintas-feiras, das 16h às 18h. O projeto tem o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da Univasf, da Confederação Brasileira de Canoagem e da Arca Sport.