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Estudantes da Univasf apresentam projetos voltados para o rio São Francisco durante a 1ª Olimpíada de Física I

publicado: 05/10/2017 11h14 última modificação: 05/10/2017 11h36
João Pedro Ramalho
Exibir carrossel de imagens Juciane Aleixo Equipe do Curso de Engenharia Civil apresentou o Ecofiltro, cujo objetivo é a reutilização de água da pia e da máquina de lavar roupas

Equipe do Curso de Engenharia Civil apresentou o Ecofiltro, cujo objetivo é a reutilização de água da pia e da máquina de lavar roupas

De um aplicativo que reúne projetos de inovação com preocupação ambiental a um dispositivo que mede a quantidade de água gasta no banho. De um concreto permeável que permite a captação da água da chuva a um tapete que diminui a evaporação em reservatórios. Estes são alguns dos projetos desenvolvidos por estudantes do segundo período dos cursos de Engenharia da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e apresentados, ontem (4), durante a 1ª Olimpíada de Física I. Todos os 14 projetos expostos tiveram como tema a busca por ideias que ajudem a salvar o rio São Francisco. A atividade aconteceu na data de aniversário da descoberta do Velho Chico pelos colonizadores portugueses e foi realizada no hall de entrada do Bloco de Salas de Aula do Campus Juazeiro (BA).

Foram apresentados sete estandes pela manhã, das 8h às 10h, e sete pela tarde, das 16h às 18h. A Olimpíada é fruto da disciplina de Física I, que reúne estudantes de todos os cursos de Engenharia em duas turmas e é ministrada pelo professor Helinando Pequeno de Oliveira. Segundo o professor, a atividade teve o objetivo de estimular, desde o início do curso, a prática da engenharia através do modelo baseado no desenvolvimento de projetos, muito aplicado mundialmente. “Eu lancei uma proposta para os alunos de que eles fizessem projetos com compromisso social, para que a gente possa reverter essa questão da crise hídrica e de contaminação do rio São Francisco”, contou Oliveira.

A participação na Olimpíada foi voluntária. Ainda assim, os responsáveis pelos melhores trabalhos apresentados em cada turno foram premiados com pontuação extra na disciplina de Física I. Para concorrer a essa premiação, cada equipe criou uma empresa fictícia e, a partir desta empresa, um produto. Os projetos foram avaliados por professores, estudantes e técnico-administrativos em educação da Univasf, que analisaram os trabalhos a partir de cinco critérios: inovação, compromisso social, viabilidade, soluções para o Velho Chico e apresentação.

O melhor projeto apresentado pela turma da manhã foi desenvolvido pelos estudantes de Engenharia Civil Kézia Brasilina de Souza, Vanessa Ribeiro de Souza Coelho e Eumair Dourado. O produto criado pela equipe foi um Ecofiltro, cujo objetivo é a reutilização de água da pia e da máquina de lavar roupas e sua destinação para reservatórios ou para horta doméstica. O funcionamento do produto inicia com a decantação da água; em seguida, ocorre a filtragem, durante a qual são utilizados carvão ativado, telha, grãos e boldo, planta que tem a função de retirar a toxicidade da água.

Para Kézia Brasilina de Souza, a preocupação com a as questões financeiras na execução do Ecofiltro e a ligação do sistema de filtragem a uma horta doméstica trazem um caráter inovador ao projeto. Ela acredita que isso contribuiu para a sua escolha como o melhor dentre os apresentados no turno matutino. “A gente tentou abranger ao máximo de todas as áreas e se preocupou com os custos, a viabilidade, o rio São Francisco, os materiais utilizados e a sustentabilidade”, comentou a estudante.

Telio Nobre Leite, vice-reitor da Univasf, foi um dos avaliadores convidados para a Olimpíada. Ele considera que a atividade é importante por estimular uma fábrica de ideias entre os estudantes. “Às vezes, eles terão um milhão de ideias, mas apenas dez vão ser viáveis. E apesar de estarem ainda no primeiro ano de Engenharia, é importante que comecem a pensar na inovação, no empreendedorismo e na responsabilidade social. Também é importante eles perceberem que terão que dialogar com profissionais de outras áreas do conhecimento, para além das Engenharias”, afirmou.